A evolução da Enfermagem é muito expressiva no Brasil e no mundo. Essa profissão tão importante passou por intensas transformações que trouxeram contribuições importantes para o desenvolvimento da sociedade como um todo.

Quer saber um pouco mais sobre como essa área da saúde foi criada e quem permitiu que ela fosse efetivamente reconhecida? Continue a leitura e faça uma viagem histórica conosco!

História da Enfermagem

A Enfermagem é uma das profissões mais antigas do mundo. A prática de cuidar de pessoas doentes ou feridas remonta aos tempos passados da humanidade.

No entanto, enquanto uma profissão estruturada e formalizada, a Enfermagem só começou a se desenvolver de forma mais efetiva ao longo dos séculos. Sendo assim, é possível citar três fases da evolução da Enfermagem: empírica ou primitiva, evolutiva e de aprimoramento:

Fase Empírica ou Primitiva

A Enfermagem tem sua origem na assistência informal prestada por membros da família, sacerdotes, curandeiros e mulheres em comunidades antigas.

Na Antiguidade, em civilizações como a egípcia, grega e romana, as mulheres desempenhavam um papel fundamental na prestação de cuidados de saúde.

Ao longo do tempo, práticas de cura, tratamentos e cuidados foram sendo passados de geração em geração de forma oral, baseados em experiências e observações.

Fase Evolutiva

Florence Nightingale é frequentemente considerada a fundadora da Enfermagem moderna.

Nightingale enfatizou a importância da higiene e das condições ambientais na recuperação dos pacientes, contribuindo para a profissionalização da Enfermagem.

Sua abordagem científica e humanitária revolucionou a prática, estabelecendo padrões para a formação dos profissionais enfermeiros.

Fase de Aprimoramento

Ao longo do tempo, a evolução da Enfermagem se tornou mais consistente, incorporando avanços tecnológicos, teorias e melhores práticas clínicas.

O aprimoramento incluiu a especialização em diversas áreas da saúde, a introdução de programas de graduação e pós-graduação em Enfermagem, bem como um crescente reconhecimento da importância dos enfermeiros na equipe de cuidados.

Evolução da Enfermagem

Florence Nightingale e Ana Néri são figuras proeminentes na evolução da Enfermagem. Ambas desempenharam papéis significativos na valorização da profissão, cada uma em seu contexto histórico e cultural. Saiba mais sobre cada uma delas a seguir.

Florence Nightingale

Florence Nightingale, nascida em 1820 na Inglaterra, é amplamente reconhecida como a pioneira da Enfermagem moderna. Ela revolucionou a prática ao implementar mudanças significativas nos cuidados de saúde e na formação dos profissionais da área. 

Nightingale se destacou por diversos motivos, entre os quais destacam-se:

Guerra da Crimeia

Durante a Guerra da Crimeia (1853-1856), Nightingale e um grupo de enfermeiras voluntárias, conhecidas como “as damas de Enfermagem”, atuaram nos hospitais militares. 

Elas melhoraram drasticamente as condições sanitárias e de cuidados médicos, reduzindo a taxa de mortalidade nos hospitais por meio da implementação de práticas de higiene, organização e gerenciamento.

Enfatização da higiene

Nightingale enfatizou a importância da higiene, do saneamento e das condições ambientais na recuperação dos pacientes. 

Seu trabalho pioneiro na coleta de dados e estatísticas contribuiu para a formulação de padrões de higiene hospitalar e para a prevenção de infecções.

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Teoria de Enfermagem

A enfermeira desenvolveu a “Teoria Ambientalista”, que defendia que o ambiente e as condições onde os pacientes são tratados têm um papel crucial na recuperação. 

Esta teoria é tão importante que influenciou a maneira como os cuidados de saúde são prestados até os dias atuais.

Ana Néri

Ana Justina Néri, nascida em 1814 no Brasil, desempenhou um papel fundamental na história da Enfermagem brasileira, especialmente durante a Guerra do Paraguai (1864-1870). Suas contribuições incluem:

Participação na guerra do Paraguai

Mesmo com a resistência da sociedade da época, Ana Néri se voluntariou para cuidar dos feridos na guerra. Ela se tornou a primeira enfermeira do Brasil ao seguir para o campo de batalha, onde cuidou dos soldados feridos e doentes, muitas vezes arriscando sua própria vida.

Reconhecimento e valorização da Enfermagem

Sua atuação destacada na guerra contribuiu para a valorização da enfermagem no Brasil, demonstrando a importância do papel das enfermeiras no cuidado aos doentes e feridos. 

Essa medida também ajudou a impulsionar a profissionalização da Enfermagem no país.

Principais mudanças na Enfermagem no Brasil em números

A evolução da Enfermagem no Brasil passou por uma série de transformações ao longo dos anos, que contribuíram para o desenvolvimento e a valorização da profissão. 

Aqui estão alguns marcos importantes na história da Enfermagem no país:

1884: chegada das irmãs de caridade

As Irmãs de Caridade, conhecidas como as primeiras enfermeiras profissionais, chegaram ao Brasil para prestar assistência hospitalar e cuidados de Enfermagem. 

Sua presença e atuação contribuíram para a organização e o desenvolvimento da Enfermagem no país.

1923: fundação da Escola de Enfermagem Anna Nery

A  Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tornou-se a primeira dedicada ao ofício no Brasil. 

A instituição foi pioneira na formação de enfermeiras profissionais, estabelecendo padrões de ensino e de atendimento.

1926: criação da Associação Nacional de Enfermeiras Diplomadas

Essa foi a forma como a Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) foi inicialmente chamada, antes de receber o nome em definitivo em 1954.

O objetivo da entidade é promover a valorização, o desenvolvimento e a defesa dos interesses dos profissionais de Enfermagem no Brasil.

1973: criação do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e dos Conselhos Regionais de Enfermagem (CORENs)

O COFEN foi criado para regulamentar e fiscalizar o exercício da profissão de Enfermagem em nível nacional. 

Já os CORENs foram estabelecidos em diferentes estados para fiscalizar e regular a prática da Enfermagem em âmbito regional.

1986: regulamentação da profissão de enfermeiro

A profissão de Enfermagem foi regulamentada no Brasil por meio da Lei n. 7.498, de 25 de junho de 1986, estabelecendo diretrizes e normas para o exercício da profissão de enfermeiro, técnico e auxiliar.

Anos 2000 em diante: avanços na formação e especialização

A Enfermagem no Brasil passou por avanços significativos na formação acadêmica, com a introdução de cursos de graduação e pós-graduação. 

A especialização em diversas áreas, como Enfermagem pediátrica, obstétrica, psiquiátrica, entre outras, tornou-se mais comum com o passar do tempo. Assim, os enfermeiros puderam aprofundar seus conhecimentos e habilidades em campos específicos.

Vale lembrar que curso de Enfermagem é essencial para formar profissionais dedicados ao cuidado e à promoção da saúde. A graduação permite que os alunos estudem áreas como anatomia, fisiologia, práticas clínicas e ética.

Além disso, obter o registro no Conselho Regional de Enfermagem (Coren) é fundamental para exercer a profissão legalmente no Brasil. 

Esse registro atesta a qualificação do enfermeiro, permitindo a prática assistencial, gerencial e de ensino na área de saúde. E é somente com o diploma de graduação que a entidade emite o registro para atestar a idoneidade profissional.

Mesmo os profissionais técnicos também precisam de tal registro, mediante a conclusão de cursos técnicos na área. Porém, suas atribuições e responsabilidades são diferentes daquelas feitas por profissionais graduados que costumam receber melhores remunerações.

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