O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é hoje uma das principais portas de entrada para o ensino superior no Brasil. Isso porque a nota do Enem oferece várias possibilidades para os estudantes.

Quando ele foi criado, lá em 1998, o objetivo era apenas avaliar o desempenho dos jovens que estavam terminando a educação básica.

Mas, com o passar dos anos, o exame virou uma espécie de grande vestibular nacional.

Quer ficar por dentro de todas as possibilidades? Então vem com a gente!

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Descubra como a nota do Enem é calculada

A nota do Enem costuma ser motivo de confusão para os estudantes. Isso porque ela é calculada de um jeito bem diferente dos outros vestibulares.

Não adianta só contar a quantidade de questões que você acertou com base no gabarito.

O processo de correção é bem mais elaborado!

Para cada área de conhecimento, os avaliadores dão uma nota com base na chamada “Teoria de Resposta do Item (TRI)”. Eita, mas o que é isso?

Mais do que só levar em conta quantas você acertou e quantas você errou, o seu comportamento na prova é avaliado.

A ideia é garantir que as respostas sejam consistentes e coerentes.

Ou seja, que o candidato não acertou tudo no chute. Assim, a avaliação dá um peso para cada questão com base no nível de dificuldade daquelas que você acertou e errou.

Um exemplo: vamos supor que você acertou várias questões difíceis e errou as fáceis de determinada área de conhecimento. Nesse caso, os seus acertos não vão ter tanto peso quanto se você tivesse acertado as fáceis.

E a nota da redação?

A redação do Enem também tem sua forma de ser corrigida. As provas de todos os candidatos passam por dois avaliadores.

E eles dão uma nota para cada competência da redação:

  1. domínio da escrita formal da língua portuguesa;
  2. compreensão da proposta e aplicação dos conceitos de várias áreas de conhecimento, dentro da estrutura de um texto dissertativo-argumentativo;
  3. interpretação e organização de informações para defender um ponto de vista;
  4. conhecimento dos mecanismos linguísticos para construir a argumentação;
  5. elaboração da solução para o problema abordado, com respeito aos direitos humanos.

Se as notas dadas por cada avaliador forem diferentes, o resultado final é uma média das duas. E caso a diferença seja muito grande, um terceiro avaliador corrige a redação.

4 formas de usar a nota do Enem para entrar no ensino superior

Você já sabe que o Enem é a principal porta de entrada para o ensino superior. Mas como tudo isso funciona?

A gente conta tudo a seguir:

1. Fazer a inscrição no Sisu para entrar em uma universidade pública

Graças ao Sisu (Sistema de Seleção Unificada), um programa criado pelo governo federal, você pode concorrer a vagas em universidades estaduais e federais com a nota do Enem.

Ou seja, em vez de ter que fazer o vestibular de cada universidade, você pode se inscrever no programa – que abre 2 vezes por ano – para ter a chance de conquistar uma vaga.

Mas fique atento, pois para participar você precisa ter feito obrigatoriamente a última edição do Enem e ter tirado nota maior que zero na redação.

E, claro, quem tira boas notas tem chances maiores de ser aprovado.

2. Concorrer a uma bolsa de estudos pelo ProUni

O ProUni (Programa Universidade para Todos) também é um programa criado pelo governo federal, com o objetivo de permitir que pessoas de baixa renda possam continuar os estudos.

Para isso, oferece bolsas de estudo para quem fez a última edição do Enem. Os que fizeram a prova nos anos anteriores, podem concorrer às bolsas que sobrarem.

Ah, e o programa tem algumas exigências: pelo menos 450 pontos de média e não ter zerado a redação.

Os estudantes com renda familiar de até 1,5 salário mínimo por pessoa podem concorrer a bolsas de 100%. E os que têm renda familiar por pessoa de até 3 salários mínimos concorrem a bolsas de 50%.

3. Conseguir um financiamento estudantil pelo FIES

Já o FIES (Fundo de Financiamento Estudantil) tem um propósito parecido, que é o de facilitar a entrada de estudantes de baixa renda no ensino superior.

Em vez de bolsas de estudo, o fundo oferece um financiamento estudantil, como se fosse um empréstimo, mas a juros baixos.

Quem consegue ser contemplado, começa a pagar a faculdade só depois de se formar.

Para concorrer, você precisa apresentar a nota do Enem. Assim como no ProUni, o FIES exige uma nota mínima de 450 pontos e nota maior que zero na redação, além da comprovação de renda familiar de até 2,5 salários mínimos por pessoa.

4. Entrar em uma universidade particular sem fazer o vestibular

Até as universidades particulares já estão aceitando a nota do Enem como forma de ingresso na graduação.

É uma ótima notícia, sobretudo para quem foi bem na prova. Se você tiver tirado uma nota boa, nem precisa fazer o vestibular ou passar por outra forma de seleção.

Geralmente, basta apresentar a nota e está liberado para fazer a matrícula.

Dependendo do seu desempenho no Enem, você pode ter a chance de conseguir um desconto na mensalidade ou até uma bolsa de estudo.

Sabia que a nota do Enem pode servir para quem deseja estudar no exterior?

Isso mesmo! Desde 2014, os estudantes brasileiros podem usar a nota do Enem para fazer faculdade em Portugal, em instituições públicas e privadas.

Mas fique sabendo que as regras variam de universidade para universidade. Ou seja, você precisa avaliar tudo com cuidado antes.

Isso porque pode ser necessário pagar pelas mensalidades, taxa de matrícula, hospedagem e alimentação. Só que também existem algumas instituições que oferecem auxílios para os estudantes estrangeiros.

Portanto, é uma possibilidade a mais para quem fez o Enem. Porém, depende das condições de cada um para se tornar realidade.

Preparado para começar a faculdade?

A gente fez este artigo com a intenção de mostrar para você a quantidade de possibilidades que a nota do Enem oferece para o seu futuro.

Como deu para perceber, são muitas opções!

Agora que você já sabe quais são, é só ficar de olho nos prazos dos programas e das instituições onde gostaria de estudar.

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