Sem dúvidas, a cirurgia veterinária é uma das áreas mais importantes quando se trata da saúde e dos cuidados com os animais.

Por isso, se você quer se formar em Medicina Veterinária, é muito importante entender melhor sobre o assunto. Afinal, esse será um procedimento recorrente ao longo dos seus estudos e da sua prática no futuro.

Então, vamos lá? Continue a leitura e confira mais detalhes sobre esse tipo de intervenção e tire suas dúvidas sobre o assunto!

O que é cirurgia veterinária?

A cirurgia veterinária é uma área da Medicina Veterinária dedicada ao diagnóstico e tratamento cirúrgico de animais.

Assim como na Medicina humana, a cirurgia veterinária inclui diversos procedimentos, desde cirurgias de rotina, como castrações e remoção de tumores benignos, até cirurgias mais complexas, como correção de fraturas, cirurgias cardíacas e neurocirurgias.

Diferenças entre cirurgia veterinária e cirurgia humana

Os animais têm anatomia e fisiologia diferentes dos humanos, o que requer conhecimentos específicos e técnicas adaptadas para a realização de uma cirurgia vet.

Além disso, enquanto os pacientes humanos podem relatar seus sintomas e responder às perguntas dos médicos, os animais não podem se comunicar da mesma forma.

Isso significa que os veterinários precisam confiar em sinais clínicos, exames de diagnóstico e experiência para avaliar o estado de saúde de um animal.

Ainda vale lembrar que procedimentos cirúrgicos em animais não se limitam a uma única espécie. Sendo assim, o que interfere na cirurgia é a anatomia do tipo de animal em questão e suas necessidades específicas.

Histórico da cirurgia veterinária

A cirurgia veterinária tem raízes antigas, que remontam a civilizações passadas, as quais reconheciam a necessidade de tratar e curar animais.

Entretanto, ao longo da história, a cirurgia veterinária evoluiu significativamente, especialmente com o desenvolvimento da medicina veterinária como disciplina científica.

No século XIX, o avanço da anestesia e da técnica cirúrgica permitiu o desenvolvimento de procedimentos mais complexos e seguros.

Com o tempo, a especialização em cirurgia veterinária cresceu, com veterinários dedicados a procedimentos específicos e áreas de especialização, como cirurgia ortopédica, cirurgia de tecidos moles e neurocirurgia.

Hoje, a cirurgia veterinária continua a evoluir com o avanço da tecnologia, incluindo o uso de técnicas minimamente invasivas, como laparoscopia e endoscopia, para realizar procedimentos cirúrgicos com menos trauma e tempo de recuperação reduzido para os pacientes.

Quando a cirurgia veterinária é indicada?

A cirurgia veterinária pode ser indicada para uma variedade de condições médicas em animais. Aqui estão algumas das situações mais comuns em que ela pode ser necessária:

Traumas e lesões

Animais podem sofrer traumas de diversas origens, como atropelamentos, quedas, brigas com outros animais ou lesões durante atividades físicas. 

Dependendo da gravidade, essas lesões podem exigir intervenção cirúrgica para reparar tecidos danificados, como ossos fraturados, feridas profundas ou lesões internas.

Doenças do sistema digestivo

Condições como obstruções intestinais, torção gástrica (em cães de raças grandes), hérnias diafragmáticas, pancreatite aguda, entre outras, também costumam depender de procedimentos cirúrgicos para corrigir o problema e restaurar a função normal do sistema digestivo.

Neoplasias

Tumores e cânceres são comuns em animais de estimação e, em muitos casos, a remoção cirúrgica do tumor é parte integrante do tratamento. Conforme o tipo de tumor, sua localização e se houve metástase, a cirurgia pode ser curativa ou paliativa.

Cirurgias de esterilização

A castração (ou orquiectomia em machos e ovariohisterectomia em fêmeas) é outra possibilidade cirúrgica comum. Ela é realizada em animais de estimação para controle populacional, prevenção de doenças reprodutivas e moderação de comportamentos indesejáveis, como marcação territorial e agressão.

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Quais são os procedimentos cirúrgicos mais comuns em animais?

Mas, afinal, quais são os procedimentos cirúrgicos mais comuns em animais? Confira, a seguir, uma lista completa, com uma breve explicação a respeito de condições em que ocorrem.

Cirurgia de emergência

Procedimentos cirúrgicos de emergência são realizados em resposta a situações médicas agudas que representam uma ameaça imediata à vida do animal.

Por exemplo, cirurgias para tratar traumas graves, como fraturas expostas, hemorragias internas, ruptura de órgãos, obstruções intestinais ou torções gástricas.

Cirurgia eletiva

Já as cirurgias eletivas são procedimentos planejados realizados em momentos convenientes para o proprietário do animal e não são urgentes para a saúde imediata do animal. Um bom exemplo disso é a castração.

Cirurgias ortopédicas

Procedimentos cirúrgicos ortopédicos são realizados para tratar lesões e doenças relacionadas ao sistema musculoesquelético.

Reparo de fraturas ósseas, reconstrução de ligamentos (como o ligamento cruzado cranial em cães), cirurgias de displasia de quadril, correção de luxações articulares e remoção de corpos estranhos dos tecidos moles ao redor das articulações exemplificam bem esse tipo de procedimento.

Cirurgias abdominais

Por fim, os procedimentos cirúrgicos abdominais envolvem a abertura da cavidade abdominal para acessar e tratar órgãos internos, tecidos e estruturas na região.

Fazem parte dessa categoria cirurgias para remover tumores abdominais, tratar obstruções intestinais, corrigir hérnias, remover corpos estranhos do trato gastrointestinal, realizar gastrotomias ou enterotomias para tratar perfurações intestinais, entre outros.

Qual é a importância do ensino superior para fazer cirurgia veterinária?

A graduação em Medicina Veterinária desempenha um papel fundamental na formação do veterinário cirurgião e em sua preparação para realizar procedimentos com segurança e eficácia.

No ensino superior, é possível construir uma base sólida de conhecimento teórico em anatomia, fisiologia, farmacologia, microbiologia, patologia e outras disciplinas relevantes para a prática cirúrgica.

Afinal, compreender os princípios básicos dessas áreas é essencial para entender as doenças, lesões e condições médicas que podem exigir intervenção cirúrgica.

Além do conhecimento teórico, os estudantes também recebem treinamento prático em técnicas cirúrgicas durante o curso,

Sendo assim, há a oportunidade de praticar em modelos anatômicos, simulações de cirurgias, laboratórios práticos e, eventualmente, em pacientes reais sob supervisão adequada.

Por meio desse treinamento técnico, o profissional pode desenvolver as habilidades manuais, destreza e julgamento clínico necessários para realizar cirurgias com sucesso.

Para completar, muitas faculdades oferecem estágio e residência em hospitais veterinários ou clínicas associadas. Esses são espaços onde os alunos podem ganhar experiência clínica prática sob a orientação de veterinários experientes.

Ambientes como os citados são ótimos para expandir as habilidades de quem estuda e entender como são as demandas reais do mercado de trabalho, assim como conhecer a fundo a necessidade dos pacientes e seus tutores.

E então, gostou de saber mais sobre a cirurgia veterinária? Se você se interessa por essa área, o próximo passo é se matricular em um curso superior para se preparar para os desafios da profissão.

Mas se ainda tiver dúvidas sobre a graduação, não se preocupe. Acesse agora mesmo o Guia do Curso de Medicina Veterinária e saiba o que te espera nessa jornada!